Acidentalmente
descobertos por dois pescadores de Setúbal em 2011, os destroços, que estão a
baixa profundidade e à vista de terra, são os únicos até hoje declarados na
região de Tróia, apesar de ao longo dos séculos ter havido inúmeros naufrágios
na região.
Pelo que os
arqueólogos já observaram, e segundo Adolfo Martins
que está a estudar o achado, juntamente com Alexandra Figueiredo e Cláudio
Monteiro do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), aquele era um lugre, uma
embarcação com 30 a 35 metros de comprimento, construída em madeira e
propulsionada à vela.
Os primeiros
dados da campanha mostram que o navio deveria estar a tentar entrar na barra do
Sado, para aportar a Setúbal, quando naufragou. Não se sabe ainda qual seria a
origem do lugre, nem se fazia transporte de mercadorias a granel, ou se era um
navio de pesca de alto mar, por exemplo, um bacalhoeiro.
A análise de
amostras de madeira recolhidas no local, que vai ser feita no Laboratório de
Arqueologia e Conservação do Património Subaquático do IPT, poderá ajudar a
esclarecer as muitas dúvidas que persistem sobre o achado. Nomeadamente sobre a
construção e a possível origem do navio. Das próximas campanhas, já agendadas
para Janeiro, Fevereiro e Março, os investigadores esperam também mais
novidades.
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