quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

PAÍS: Saldos que arrancam amanhã serão os últimos para muitos lojistas

A época de saldos que arranca esta sexta-feira, dinamizará sobretudo os sectores têxtil e calçado, mas não recuperará o negócio "nem sequer para o nível do ano passado" e ficará marcada pelas liquidações para encerramento, antecipa a Confederação do Comércio de Portugal. Prevendo que os casos de liquidação "surjam em maior quantidade do que em anos anteriores", João Vieira Lopes em declarações à agência Lusa, destaca o cada vez maior número de "estabelecimentos encerrados para arrendar" que já hoje se vêem por todo o País.
É que, se "a impressão da maior parte dos comerciantes é que algumas pessoas ficaram à espera de começar a época de saldos e compraram menos" durante o período natalício, o facto é que, "este ano, houve muita gente que começou a fazer promoções de 40, 50 e 60% já antes do Natal". Embora admita que os comerciantes tenham, agora "pouca margem de manobra" para baixar os preços, João Vieira Lopes considera "provável que os descontos nos saldos cheguem aos 70 ou 80%".
"Os electrodomésticos e o mobiliário estão a sofrer um duplo efeito: o efeito da crise e o da queda do mercado de habitação, mas aqui há limitações grandes nos saldos", admitiu o presidente da CCP. Já o sector alimentar "vive de produções permanentes", enquanto "os objectos para o lar estão também prejudicados pela baixa da construção", pelo que "o têxtil e o calçado são aqueles em que, normalmente, nesta época as pessoas compram mais". Em mais uma época de saldos marcada pela crise, a CCP lamenta "a deficiente gestão de expectativas, quer por parte do Governo, quer das instituições internacionais".

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