A proposta da comissão para a revisão do Conceito
Estratégico de Segurança e Defesa Nacional (CESDN), a que a agência Lusa teve
acesso, já foi entregue ao governo e defende que a GNR passe a ter
responsabilidade no “combate à criminalidade mais violenta e ao terrorismo, na
protecção dos pontos sensíveis (em articulação com a PSP), na vigilância e no
controlo das infra-estruturas críticas e das principais vias de comunicação e
fronteiras”.
Já a PSP passa a ser
orientada para “a protecção e segurança de pessoas e bens, enquanto força mais
vocacionada para o policiamento das grandes urbes, devendo privilegiar o
policiamento de proximidade e os programas especiais de policiamento
comunitário”, revela o documento, que em breve será discutido em Conselho de
Ministros.
O presidente do sindicato mais representativo da PSP, Paulo
Rodrigues, adianta que a proposta prevê
“a militarização da segurança interna, ao contrário do que acontece em todo o
mundo civilizado” ao atribuir à GNR “o monopólio do uso de equipamento e
armamento mais robusto e o combate ao terrorismo e à criminalidade
violenta". Paulo Rodrigues sustentou que o objectivo é “transformar a PSP
numa polícia fraca, ligeira e municipalizada”, frisando que se trata do “mais
grave atentado contra a PSP desde a data da sua criação, há quase 150 anos”.
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