As intervenções no Convento de Jesus, iniciadas no final de
Dezembro, centram-se na ala poente do primeiro piso, que vai ser recuperado com
o reforço de todas as infra-estruturas, a substituição integral de pavimentos e
revestimentos das paredes, a remodelação do sistema eléctrico e a instalação de
redes de comunicação e de um sistema de climatização, para reabertura ao
público, acolhendo o acervo do Museu de Setúbal, incluindo a Galeria de Pintura
Quinhentista. A criação de um local com todas as características necessárias
para que o espólio museológico possa ser visitado pela população de forma
condigna, proporcionando, ao mesmo tempo, condições técnicas que permitam uma
maior preservação daquele património são os principais objectivos da
intervenção.
A empreitada de requalificação do Convento de Jesus inclui
ainda trabalhos de beneficiação geral do imóvel, nomeadamente a substituição
integral da laje no primeiro piso e das coberturas e o reforço do sistema de
drenagem de águas pluviais no interior do imóvel e nas áreas envolventes, como
a Praça Miguel Bombarda. A criação de rampas de acesso para pessoas com
mobilidade reduzida, a instalação de um elevador, colocado no exterior, e a
construção de um edifício para apoio técnico, que acolhe, por exemplo, a
maquinaria de climatização, são outras acções de reabilitação geral do Convento
de Jesus programadas com a execução da empreitada.
Fundado em 1490, acolhe, desde o início da década de 60 do
século XX, as instalações do Museu de Setúbal, acervo com diversas colecções
artísticas, arqueológicas, históricas e documentais de elevado valor, nalguns
casos com dimensão internacional. O Convento de Jesus, é a principal referência
patrimonial de Setúbal, beneficiando de classificação como Monumento Nacional
desde 1910.
A obra é comparticipada por fundos comunitários com uma taxa
de 65% através do PORLisboa – Programa Operacional Regional de Lisboa, ao
abrigo do QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional. A Autarquia chamou
a si a liderança deste processo após receber, por protocolo, a posição de
beneficiário da candidatura que pertencia ao IGESPAR, por este instituto da
administração central, actualmente integrado na Direção-Geral do Património
Cultural, alegar incapacidade orçamental.
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