O presidente da Cáritas Portuguesa confirmou esta
quinta-feira, ter reunido com os representantes da troika, na segunda-feira,
tentando "sensibilizar" para a "revisão" de algumas
"medidas altamente penalizadoras", como os cortes nas prestações
sociais.Eugénio da Fonseca falava à margem das jornadas promovidas hoje, pela
diocese de Viana do Castelo, sobre o "Estado Social e Sociedade Solidária".
Durante o encontro reconheceu "sinais" das consequências da
austeridade, que "complica os orçamentos familiares", provocando
também uma "retracção na partilha de bens", apesar da "habitual
generosidade dos portugueses".
A Cáritas Portuguesa, entidade ligada à Igreja, desenvolve
actividade de apoio social em todas as 4.250 paróquias do País. Contudo, em
termos de números de apoio social no terreno, só dispõe de dados relativos ao
acompanhamento em 65 paróquias e 20 postos de atendimento diocesano. "Em
2012, apoiámos 158 mil pessoas, o que corresponde a 56 mil famílias, um aumento
de 60% face ao ano anterior. Mas, como digo, são dados que não representam todo
o universo da actuação da Cáritas", sublinhou o responsável. O apoio no
pagamento de contas de electricidade e água em atraso, de rendas de casa ou
prestações bancárias, são pedidos recorrentes na Cáritas.
Fonte: LUSA
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