O presidente do Instituto Português do Sangue e da
Transplantação (IPST) manifestou, esta quarta-feira, preocupação quanto à
manutenção das reservas de sangue necessárias durante o ano, admitindo que 2013
será um período de dificuldades. Segundo o responsável, Janeiro e Fevereiro são
classicamente meses de menos dádivas, mas a isto acresce a situação social e
económica dos cidadãos. Em causa estão não só as taxas moderadoras, mas também
o aumento dos preços dos transportes, da gasolina e a emigração da população,
sobretudo os mais jovens, que são um grande grupo de dadores, explicou.
De acordo com os dados do IPST, o ano arrancou com o mês de
Janeiro a registar uma quebra, face ao período homólogo, de 8% nos dadores
inscritos (menos 1.786) e de 3% nas unidades colhidas (menos 500). Em
contrapartida, até 17 Fevereiro deste ano, os dados acumulados (desde início de
Janeiro) revelam uma melhoria, face ao período homólogo, com mais 3% de
unidades colhidas e mais 20% de efectivos no terreno.
Contudo, esta melhoria não deixa descansado o presidente do
IPST, que prevê "um desafio muito grande e a continuação de uma quebra nas
colheitas em Março e nos meses seguintes". Hélder Trindade alertou ainda
para o facto de que cada vez que o assunto das taxas moderadoras e da não
isenção dos dadores volta à Assembleia da República e é noticiada, as pessoas
deixam de comparecer às colheitas. Isso mesmo foi o que aconteceu este mês,
quando o assunto voltou ao Parlamento. O presidente do instituto afirmou que em
2012, o IPST forneceu 238.772 unidades de sangue e lembrou que houve uma quebra
global de 12% nas dádivas, predominantemente na região centro.
Fonte: LUSA
Fonte: LUSA
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